cover
Tocando Agora:

A recusa que pode custar caro: Brasil rejeita proposta americana contra facções

O governo brasileiro destacou que tem implementado políticas públicas para combater o crime organizado, como o fortalecimento da integração com países da América Latina, o isolamento de lideranças em presídios federais e operações conjuntas entre polícias e Ministérios Públicos.

A recusa que pode custar caro: Brasil rejeita proposta americana contra facções
A recusa que pode custar caro: Brasil rejeita proposta americana contra facções (Foto: Reprodução)

O governo brasileiro rejeitou a proposta dos Estados Unidos para classificar as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A sugestão foi apresentada durante uma reunião em Brasília com representantes do governo americano, liderados por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado dos EUA. As autoridades brasileiras argumentaram que, de acordo com a legislação nacional, essas facções não se enquadram na definição de terrorismo, pois suas ações visam o lucro por meio de atividades ilícitas, sem motivação ideológica ou política. 


Durante o encontro, os representantes dos EUA alegaram que a designação de PCC e CV como organizações terroristas permitiria a aplicação de sanções mais severas, conforme as leis americanas. Eles também mencionaram que o FBI identificou a presença dessas facções em 12 estados americanos, incluindo Nova York, Flórida e Nova Jersey, onde estariam envolvidas em atividades como lavagem de dinheiro.


O governo brasileiro destacou que tem implementado políticas públicas para combater o crime organizado, como o fortalecimento da integração com países da América Latina, o isolamento de lideranças em presídios federais e operações conjuntas entre polícias e Ministérios Públicos. Essas medidas foram apresentadas como exemplos do compromisso do Brasil no enfrentamento às facções criminosas.


A recusa do Brasil em classificar PCC e CV como organizações terroristas reflete uma abordagem legalista e pragmática, priorizando o combate ao crime organizado dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação nacional. Essa posição também evita possíveis implicações diplomáticas e legais que poderiam surgir com a adoção da classificação proposta pelos EUA.


*As informações são de Gazeta do Povo

Comentários (0)