URGENTE: Moraes vota por 10 anos de prisão e cassação de Carla Zambelli
De acordo com a acusação feita pela PGR, Zambelli teria liderado a ação de invasão aos sistemas do Judiciário, com o objetivo de manipular dados oficiais. Delgatti, por sua vez, seria o executor do ataque cibernético, ocorrido entre agosto de 2022 e janeiro de 2023.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou-se favorável à condenação da deputada Carla Zambelli a uma pena de 10 anos de prisão em regime fechado, além da cassação de seu mandato, cuja decisão final caberá à Câmara dos Deputados.
Como relator do processo no qual Zambelli e o hacker Walter Delgatti são acusados de invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de cometer falsidade ideológica, Moraes foi o primeiro a apresentar seu voto na sessão virtual do STF iniciada nesta sexta-feira (9/5), com término previsto para o dia 16 de maio, caso não haja pedido de vista ou destaque por parte de outros ministros.
No mesmo voto, Moraes sugeriu a condenação de Walter Delgatti a 8 anos e 3 meses de prisão. Além disso, propôs que ambos sejam obrigados a pagar uma indenização mínima de R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos. Em maio de 2024, a Primeira Turma do STF — composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino — acolheu a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os dois.
De acordo com a acusação feita pela PGR, Zambelli teria liderado a ação de invasão aos sistemas do Judiciário, com o objetivo de manipular dados oficiais. Delgatti, por sua vez, seria o executor do ataque cibernético, ocorrido entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. O Ministério Público relata que “entre agosto e novembro de 2022, Carla Zambelli, ciente de que Walter Delgatti possuía conhecimento técnico e meios necessários para tanto, o abordou com a proposta de invasão a sistemas de elevado interesse público, oferecendo, em retorno pelo serviço prestado, a contratação formal para prestação de serviços relacionados à sua atividade parlamentar”.
Segundo o MP, “Carla Zambelli, diante da informação apresentada por Walter Delgatti de que seria viável a invasão ao sistema utilizado pelo CNJ, determinou a concretização da prática delituosa, que haveria de incluir a emissão de mandado de prisão do Ministro Alexandre de Moraes, como se ele mesmo estivesse determinando a própria prisão. A denunciada Carla Zambelli foi, ainda, responsável pela elaboração do texto a ser utilizado por Walter Delgatti na confecção do mandado fraudulento”.
Na ocasião, a defesa de Zambelli declarou ter “a absoluta confiança de que a deputada não cometeu qualquer ilícito penal e tem certeza de que isso vai ficar comprovado durante o trâmite do processo”.
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