INSS: Grupo de Lula tem audiência 25 vezes menor que a de Nikolas nas redes
Até a manhã deste domingo (11), o conteúdo postado por Nikolas já havia ultrapassado 136 milhões de visualizações. Em contraste, os vídeos publicados por apoiadores do presidente acumularam, juntos, apenas 5,5 milhões de acessos
O governo federal enfrenta, mais uma vez, dificuldades para competir pela atenção nas redes sociais. A conhecida “tropa de choque” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiu conter o impacto de um vídeo divulgado na última terça-feira (6) pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), no qual ele critica a atuação do Executivo diante de denúncias envolvendo o INSS.
Até a manhã deste domingo (11), o conteúdo postado por Nikolas já havia ultrapassado 136 milhões de visualizações. Em contraste, os vídeos publicados por apoiadores do presidente acumularam, juntos, apenas 5,5 milhões de acessos — representando cerca de 4% da audiência obtida pelo deputado. O episódio escancara a dificuldade da esquerda em se destacar nas plataformas digitais frente à presença dominante de influenciadores da direita. No mesmo estilo do vídeo viral que produziu sobre o Pix, Nikolas voltou a ganhar notoriedade ao criticar com veemência o governo Lula, desta vez apontando irregularidades nos descontos aplicados a aposentadorias e pensões. O parlamentar fundamentou suas acusações em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), classificando o caso como “o maior escândalo da história”.
Dois dias após a publicação, o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, respondeu por meio das redes sociais. Segundo ele, as apurações tiveram início ainda em 2017 e já identificaram fraudes que somam R$ 6 bilhões, resultado de investigações conjuntas com a Polícia Federal. No entanto, sua resposta teve alcance muito inferior: somando as visualizações no X (antigo Twitter) e no Instagram, o vídeo chegou a apenas 1,1 milhão de visualizações.
Outros integrantes da base aliada também tentaram conter os efeitos da denúncia. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), por exemplo, afirmou que o esquema fraudulento teve início no governo de Jair Bolsonaro. Já a ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) usou o X para listar aquilo que chamou de “mentiras que a oposição bolsonarista está espalhando nas redes”.
Entre os defensores do governo, quem teve maior repercussão foi o deputado André Janones (Avante-MG). Ele se manifestou logo após a divulgação da operação da Polícia Federal, alcançando 3,7 milhões de visualizações — o maior número entre os aliados do presidente.
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