Prefeito de Sorocaba vira réu por suspeita de superfaturamento

Segundo o MP-SP, uma análise do Tribunal de Contas do Estado apontou que, de cada R$ 4 gastos no contrato, R$ 1 foi superfaturado.

O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), e o ex-secretário de Educação Marcio Carrara viraram réus por suspeita de superfaturamento na compra de lousas digitais. A decisão foi tomada pela Justiça nesta segunda-feira (12) após denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A ação também pedia o bloqueio dos bens e o afastamento de Carrara, mas os pedidos foram negados por falta de provas.

Segundo o MP-SP, uma análise do Tribunal de Contas do Estado apontou que, de cada R$ 4 gastos no contrato, R$ 1 foi superfaturado. O contrato foi fechado por R$ 46 milhões, dos quais R$ 44 milhões já foram pagos. A prefeitura e a empresa fornecedora negam qualquer irregularidade. A Prefeitura afirmou que não foi intimada oficialmente e garantiu que todas as contratações seguiram os trâmites legais. O prefeito também disse que a ação “não tem provas de nenhuma ilegalidade” e acredita que ela será arquivada.

Em abril deste ano, Manga foi alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público. A operação investiga fraudes na contratação de uma Organização Social para serviços de saúde.

Na ocasião, a PF fez buscas na casa do prefeito e apreendeu seu celular e carro. Em tom de deboche, ele comentou a ação dizendo que os agentes “acharam bolo de cenoura, Nutella e um Pokémon do filho” em sua casa.