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Gilmar Mendes reage à ameaça de sanção dos EUA contra Moraes

Sem citar o nome de Moraes ou dos Estados Unidos, Gilmar publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) uma mensagem enfatizando a autonomia nacional e a importância do combate aos discursos de ódio por meio de regulamentação local das plataformas digitais

Gilmar Mendes reage à ameaça de sanção dos EUA contra Moraes
Gilmar Mendes reage à ameaça de sanção dos EUA contra Moraes (Foto: Reprodução)

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, comentou de forma indireta a possibilidade de sanção ao ministro Alexandre de Moraes pelo governo dos Estados Unidos.

Na quarta-feira (22), o secretário de Estado americano Marco Rubio afirmou que a Lei Magnitsky pode ser usada para sancionar Moraes, em resposta a questionamentos feitos no Congresso dos EUA sobre suposta censura e perseguição política no Brasil.

Sem citar o nome de Moraes ou dos Estados Unidos, Gilmar publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) uma mensagem enfatizando a autonomia nacional e a importância do combate aos discursos de ódio por meio de regulamentação local das plataformas digitais:

“A regulamentação das plataformas digitais e o estabelecimento de parâmetros para discursos odiosos constitui elemento basilar da soberania nacional para qualquer nação contemporânea. Não há paradigma universal.

A experiência brasileira mostrou nos últimos anos que câmaras de eco e manifestações extremistas corroem os fundamentos republicanos. Cabe a cada Estado, mediante aparato institucional próprio, salvaguardar preceitos democráticos.

Não se pode admitir que agentes estrangeiros cerceiem o exercício da jurisdição doméstica na tutela de garantias constitucionais. A autonomia normativa representa imperativo da autodeterminação democrática.”

A manifestação ocorre em meio à crescente pressão de congressistas republicanos dos EUA para que o ministro Moraes seja sancionado com base na Lei Magnitsky, sob alegações de restrições à liberdade de expressão.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Magnitsky foi sancionada em 2012 pelo então presidente Barack Obama e tem apoio bipartidário. Inicialmente criada para punir autoridades russas pelo assassinato do advogado Sergei Magnitsky em uma prisão de Moscou, a legislação foi expandida para permitir sanções contra qualquer indivíduo que viole direitos humanos ou participe de corrupção em qualquer lugar do mundo.

Os efeitos da sanção incluem:

Proibição de entrada nos EUA;

Congelamento de ativos financeiros em instituições americanas;

Proibição de transações com empresas e cidadãos norte-americanos.

Entre os alvos já sancionados com base na lei estão o ditador venezuelano Nicolás Maduro e Antal Rogán, chefe de gabinete do primeiro-ministro da Hungria.

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