Dados de celular afastam Filipe Martins de reunião sobre “golpe”
A geolocalização do celular mostra que, naquela data e hora, Martins estava com o aparelho conectado a duas antenas na Asa Sul, bairro de Brasília, onde ele morava. Uma das antenas mostra o celular do ex-assessor conectado à rede de internet no local das 6h39 às 8h08. E também mostra registros de chamadas telefônicas na mesma região, às 9h14, 9h54 e 12h09.

O ex-assessor presidencial Filipe Martins não estava na suposta reunião sobre a minuta do golpe que teria acontecido na manhã do dia 7 de dezembro de 2022. De acordo com a Folha de S.Paulo, dados da operadora de telefonia TIM mostram que Martins estava longe do Palácio da Alvorada naquela data.
A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República diz que Martins teria chegado no Alvorada por volta de 8h34 daquele dia, acompanhado do general do Exército Marco Antônio Freire Gomes e do almirante Almir Garnier. A PGR fala também que estavam nessa reunião o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, além do próprio Jair Bolsonaro. Mas a defesa do ex-assessor conseguiu as provas e as apresentaram como argumento de que ele sequer teria participado do encontro. Martins é réu no processo que apura a suposta tentativa de golpe de Estado.
A geolocalização do celular mostra que, naquela data e hora, Martins estava com o aparelho conectado a duas antenas na Asa Sul, bairro de Brasília, onde ele morava. Uma das antenas mostra o celular do ex-assessor conectado à rede de internet no local das 6h39 às 8h08. E também mostra registros de chamadas telefônicas na mesma região, às 9h14, 9h54 e 12h09.
Outra prova coletada pela defesa é que Martins teria feito uma viagem de Uber saindo da Asa Sul às 10h19 com destino à Asa Norte. Ambas as regiões são distantes do Palácio do Planalto, onde teria acontecido a suposta reunião.
A PGR usa como prova registros da portaria da Alvorada que indicam a entrada de Martins no local, mas os advogados alegam que as informações “apresentam problemas técnicos e não são confiáveis”, pois não há registro de saída, por exemplo.
Com estes e outros documentos, a defesa espera pedir ao Supremo Tribunal Federal a absolvição do ex-assessor de Jair Bolsonaro.
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