Lula: ‘Deus deixou sertão sem água porque sabia que eu ia trazer’
A declaração foi feita durante a cerimônia de entrega do primeiro trecho do Ramal do Apodi, em Cachoeira dos Índios, parte do projeto de transposição do Rio São Francisco.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa quarta-feira (28), em evento no interior da Paraíba, que a seca histórica do sertão teria sido permitida por Deus porque Ele “sabia” que Lula se tornaria presidente e levaria água à região.
A declaração foi feita durante a cerimônia de entrega do primeiro trecho do Ramal do Apodi, em Cachoeira dos Índios, parte do projeto de transposição do Rio São Francisco.
“Era uma obra [transposição do Rio São Francisco] que muita gente não acreditava que a gente fosse fazer. Porque fazia 179 anos. Não estou falando de dez anos, estou falando de 179 anos que se prometia água para essa região”, afirmou Lula, acrescentando:
“E eu, graças a Deus, descobri uma coisa: Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia ser presidente da República e ia trazer água pra cá.” A fala arrancou aplausos dos apoiadores que acompanhavam o discurso.
A visita de Lula foi acompanhada pelos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Rui Costa (Casa Civil), marcando a entrega de mais uma etapa do programa de infraestrutura hídrica previsto no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A expectativa do governo federal é de que a transposição beneficie mais de 12 milhões de moradores do semiárido nordestino, com apoio das administrações estaduais e municipais.
Em seu pronunciamento, o petista voltou a criticar a má gestão dos recursos hídricos no passado. “Fome por causa da seca é falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país”, disse, destacando que o Nordeste teve papel decisivo na sua eleição em 2022.
Mais cedo, Lula esteve em Pernambuco, onde participou da assinatura da ordem de serviço no valor de R$ 491,3 milhões para ampliar a capacidade de bombeamento de água no Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco (PISF).
Lula também aproveitou o momento para atacar seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), dizendo que o país não pode voltar a eleger líderes que propagam ódio.
“Nós viemos ao mundo para transmitir amor, para transmitir fraternidade e solidariedade, não para transmitir ódio. Por isso, o jeito é o seguinte: pode ter certeza, nós vamos continuar investindo em educação, nas coisas que vocês precisam, mas nunca mais vamos votar numa tranqueira para fazer o que foi feito nesse país no governo passado”, declarou. Em outro trecho, afirmou que Bolsonaro “mentia descaradamente”.
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