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“Mãe” de bebê reborn cuja licença foi negada desiste de processo

A ação judicial havia sido protocolada na Justiça do Trabalho da Bahia na última terça-feira (27), com um pedido de indenização por danos morais, além da solicitação de rescisão indireta do contrato de trabalho, com o pagamento das verbas trabalhistas cabíveis.

“Mãe” de bebê reborn cuja licença foi negada desiste de processo
“Mãe” de bebê reborn cuja licença foi negada desiste de processo (Foto: Reprodução)

A recepcionista que acionou a Justiça após ter o pedido de licença-maternidade negado para cuidar de um bebê reborn decidiu abandonar a ação. A desistência foi motivada, segundo a defesa da trabalhadora, pela repercussão que o caso recebeu. No requerimento, protocolado nesta quinta-feira (29), a advogada afirmou que ela e a autora da ação passaram a ser alvo de discurso de ódio nas redes sociais.

No documento, é relatado que, em apenas 45 minutos, foram recebidas mais de 250 solicitações no Instagram, transformando a vida das envolvidas em um “verdadeiro inferno”, nas palavras da defesa. A advogada diz ainda que a situação gerou repercussões consideradas irreversíveis. Em outro ponto da petição, a defesa da recepcionista diz ainda que pessoas a procuraram em sua casa às 5h da manhã “em busca de maiores esclarecimentos sobre o tema” e que teve de desativar suas redes sociais em “em virtude dos frenéticos ataques lançados”, o que classificou como “um verdadeiro caos”.

A ação judicial havia sido protocolada na Justiça do Trabalho da Bahia na última terça-feira (27), com um pedido de indenização por danos morais, além da solicitação de rescisão indireta do contrato de trabalho, com o pagamento das verbas trabalhistas cabíveis. A funcionária atua desde 2020 em uma empresa do ramo imobiliário e, segundo a defesa, desenvolveu um vínculo materno profundo com a boneca.

No processo, a autora solicitava 120 dias de licença-maternidade – que foram negados a ela pela empresa -, além do recebimento do salário-família e de verbas rescisórias, argumentando que o apego dela ao bebê reborn iria além de um objeto inanimado, mas que a boneca seria “fruto da mesma entrega emocional, do mesmo investimento psíquico e do mesmo comprometimento afetivo que toda maternidade envolve”.

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