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Otoni de Paula rompe com Bolsonaro e faz aposta ousada para o Senado

Crítico declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu grupo político, Otoni enfrentará resistência significativa justamente no reduto eleitoral do ex-chefe do Executivo, hoje símbolo da direita no país.

Otoni de Paula rompe com Bolsonaro e faz aposta ousada para o Senado
Otoni de Paula rompe com Bolsonaro e faz aposta ousada para o Senado (Foto: Reprodução)

O pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), que já foi próximo de Jair Bolsonaro (PL), está se movimentando para concorrer ao Senado em 2026. Responsável pela coordenação da campanha de reeleição do prefeito carioca Eduardo Paes (PSD), Otoni anunciou nesta semana sua entrada no PRTB, após diálogo com o presidente nacional do partido, Leonardo Avalanche.


Ele conta com o respaldo do empresário Pablo Marçal, também filiado ao PRTB, para fortalecer sua candidatura ao Senado. Em comunicado, Marçal afirmou que Otoni “tem coragem, tem história e tem propósito”. Apostando em uma tradição eleitoral do Rio de Janeiro — onde a segunda vaga no Senado costuma ser ocupada por um representante evangélico, como Arolde de Oliveira (PSD), eleito em 2018, e Marcelo Crivella (PL), em 2002 — o parlamentar, ligado à Assembleia de Deus, busca repetir esse padrão.


Com o objetivo de evitar uma disputa interna entre evangélicos, Otoni vem articulando um acordo com o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos), importante figura da Igreja Universal. A ideia é que apenas um deles se lance oficialmente candidato ao Senado em 2026.


Em entrevista ao jornal O Globo, Otoni confirmou a data para tornar pública sua pré-candidatura:


– Coloco meu nome ao Senado e devo fazer um lançamento oficial em agosto. Me coloco à disposição do estado e do Eduardo Paes caso ele entenda que tem espaço para mim na chapa e que eu posso ajudar na centro-direita, no campo conservador, entre os evangélicos.


Crítico declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu grupo político, Otoni enfrentará resistência significativa justamente no reduto eleitoral do ex-chefe do Executivo, hoje símbolo da direita no país.

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