Erro irreversível: homem é cremado por engano em cemitério de SP
De acordo com os familiares, o falecido seguia a religião umbandista, que não aprova a prática da cremação.

Um equívoco grave ocorreu no dia 1º de maio em um cemitério localizado na Zona Leste de São Paulo: um homem foi cremado sem a autorização da família.
De acordo com os familiares, o falecido seguia a religião umbandista, que não aprova a prática da cremação. O cemitério, sob responsabilidade de uma empresa concessionária, reconheceu o erro por meio de nota oficial, lamentou o ocorrido e afirmou estar disponível para prestar apoio à família.
Odair dos Santos faleceu em janeiro de 2022 e foi sepultado no dia 22 do mesmo mês, em um jazigo no cemitério São Pedro, na Vila Alpina. Em abril de 2025, a família comunicou ao cemitério que havia adquirido um novo jazigo e solicitou a transferência dos restos mortais.
No dia 30 de abril, segundo os parentes, a empresa Velar — responsável pela administração do cemitério — informou que seria necessário um novo tipo de caixão para realizar a transferência do corpo. A família relatou ter desembolsado R$ 1.400 pelo caixão e pelo transporte.
Porém, ao retornarem ao local em 2 de maio, os familiares encontraram o túmulo violado. Ao questionarem a administração, foram informados de que o corpo havia sido cremado por engano no dia anterior.
Em nota, a empresa Velar declarou que “por um erro humano e isolado, os despojos, que deveriam ser transferidos para o jazigo familiar após a exumação, foram encaminhados para cremação”.
As cinzas de Odair dos Santos, segundo a concessionária, já foram entregues à família.
– “Apesar de encontros entre representantes da empresa e familiares, não foi possível chegar a uma solução comum. Continuamos à disposição para o diálogo” – comunicou a Velar, que também prometeu reembolsar os valores pagos pelos serviços.
A empresa informou ainda que pretende reforçar os seus procedimentos:
– “Ampliamos o rigor dos protocolos operacionais e processos internos, com o objetivo de impedir que um erro humano individual possa ocasionar tais consequências”, acrescentou a nota.
A Prefeitura de São Paulo declarou, também por meio de nota, que a SP Regula (agência reguladora dos serviços públicos municipais) vai instaurar uma apuração interna para investigar as circunstâncias do caso e a possível responsabilização da concessionária. Até o momento, de acordo com a Prefeitura, não houve registro de reclamação formal por parte da família de Santos.
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