Mais da metade dos 11 ministros considerou “inadequado” que o STF produzisse um documento conjunto criticando uma decisão interna do governo norte-americano. A negativa teria frustrado Moraes, que esperava apoio total contra as restrições impostas pelos EUA.
O jornalista explicou que, até o momento, a interpretação é que operações em moeda nacional estão liberadas, mas transações em dólar ou compras no exterior estão proibidas.
A emissora, até o momento, não informou quem assumirá o lugar da comentarista nem deu detalhes sobre as mudanças previstas em sua grade.
A iniciativa é liderada pelo vereador curitibano Rodrigo Marcial (Novo) e conta com o apoio de vozes conhecidas da direita, como o senador Eduardo Girão (Novo), o deputado federal Marcel van Hattem (Novo), o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) e o jornalista Leandro Narloch.
O recado foi reforçado por interlocutores do governo do presidente Donald Trump, que já avaliavam a possibilidade de o STF tentar neutralizar os efeitos das punições.
A campanha ganhou força depois que Nikolas apresentou uma petição pública já respaldada por 34 dos 81 senadores — um número que vem crescendo rapidamente.
Na prática, gigantes do setor financeiro como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, que possuem presença sólida nos Estados Unidos, poderão ser obrigados a cortar qualquer vínculo financeiro com Moraes para não sofrer retaliações da Casa Branca. Especialistas alertam que isso poderia representar uma verdadeira “morte financeira” para o ministro.
A declaração de Noronha decorre do fato de que bancos brasileiros que possuem operações nos Estados Unidos também podem ser impactados pela Lei Magnitsky.
A entrevista ocorre um dia após a oficialização da tarifa de 50% a produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Todos os 11 membros do STF foram convidados. Entre os ministros presentes estava o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, além de Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Moraes. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também compareceu.