O Itamaraty afirmou que há diálogo em andamento apenas com "níveis técnicos" do Departamento de Estado, o que reforça que, até o momento, os altos escalões do governo americano evitam contato direto com os representantes de Lula.
Ao jornal Valor Econômico, um dos membros do STF — cuja identidade não foi revelada — enviou uma imagem com a frase “sempre teremos Paris”, uma citação clássica do filme Casablanca, lançado em 1942. A mensagem, repleta de deboche, parece minimizar o peso da punição imposta pelos EUA.
As medidas incluem o cancelamento imediato dos vistos para entrada nos Estados Unidos, tanto dos alvos diretos quanto de seus familiares. O gesto é uma clara resposta às crescentes denúncias de perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O líder ucraniano enfatizou a necessidade de esforços concretos e alertou que a Rússia precisa demonstrar boa vontade para dialogar e encerrar os ataques contínuos.
“O mundo gira. Moraes teve o visto cancelado e Eustáquio o visto concedido. Quem é o foragido agora?”
A entrega do documento que autoriza a entrada dele em solo estadunidense, segundo o jornalista, só aconteceu nesta sexta-feira (18), na embaixada dos EUA na Espanha, onde atualmente ele mora.
Na decisão, Moraes alega que, após impor duras restrições a Jair Bolsonaro — como a tornozeleira eletrônica e censura nas redes sociais —, Eduardo Bolsonaro teria elevado o tom contra o STF.
Segundo fontes ligadas ao governo americano, a resposta à diplomata brasileira foi "too late" (“tarde demais”), num recado claro de descontentamento com a negligência do governo Lula, que teria deixado de buscar o diálogo com Washington desde janeiro.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, em 6 de novembro de 2024, ministros do STF teriam feito um "bolão" entre si, especulando quem seria o primeiro a perder o visto sob um governo Trump.
Até o momento, oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já foram atingidos pela medida.